quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Epitáfio de Diofanto


Um problema da antologia grega apresentado sob a forma curiosa de Epitáfio:
"Eis o túmulo que encerra Diofanto - maravilha de contemplação! Com um artifício aritmético a pedra ensina a sua idade:"
"Deus concedeu-lhe passar a sexta parte de sua vida na juventude; um duodécimo na adolescência; um sétimo, em seguida, foi passado num casamento estéril. Decorreram mais cinco anos, depois do que lhe nasceu um filho. Mas esse filho - desgraçado e, no entanto, bem amado! - apenas tinha atingido a metade da idade de seu pai e morreu. Quatro anos ainda, mitigando a própria dor com o estudo da ciência dos números passou-os Diofanto, antes de chegar ao termo de sua existência."
Em linguagem algébrica, o epigrama da antologia seria traduzido pela seguinte equação do 1° grau:

x/6 + x/12 + x/7 + 5 + x/2 + 4 = x

na qual x representa o número de anos que viveu Diofanto.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Elogio da Matemática


"Sem a Matemática, não poderia haver Astronomia; sem os recursos maravilhosos da Astronomia, seria completamente impossível a navegação. E a navegação foi o fator máximo do progresso da humanidade."
(Amoroso Costa)

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Ilusão de ótica

"A Matemática possui uma força capaz de nos fazer compreender muitos mistérios de nossa Fé."
(São Jerônimo)

domingo, 18 de novembro de 2007

A matemática e a globalização

Vivemos hoje numa sociedade em rede, logo precisamos estar munidos de instrumentos que permitam compreender a dinâmica sociocultural. E pelos fios que tecem as redes, percebemos a necessidade de uma visão nova na construção de conexões que ligam as modificações da economia, seus reflexos, nas formas de trabalhar e nos eixos fundamentais que organizam as culturas. Nesse aspecto o ensino da matemática tem o objetivo de desenvolver a capacidade de investigar idéias matemáticas, de resolver problemas, de formular e testar hipóteses, de induzir, deduzir, generalizar e inferir resultados.

sábado, 17 de novembro de 2007

A Matemática na literatura, os ângulos

Entre as figuras geométricas mais sitadas pelos escritores devemos apontar em primeiro lugar o "ângulo".
Graça Aranha, na Viajem Maravilhosa, descrevendo uma estrada pela qual era galgada uma montanha, empregou figuras geométricas com admirável precisão:

"As linhas retas iam formando ângulos agudos e obtusos na encosta da montanha que subia intricada e ardente."
Théo Filho, nas Impressões Trasatlânticas, utiliza-se da expressão "ângulo reintrante", que não é das mais comuns entre os literatos:

"Vistas do ângulo mais reintrante do primeiro plano..."

Em geral, os escritores não distinguem um diedro de um ângulo plano. Se temos um exemplo característico colhido em O Guarani de José de Alencar:

"Tirou a sua adaga e cravou-a na parede tão longe quanto lhe permitia a curva que o braço era obrigado a fazer para abarcar o ângulo."

Essa frase, indicada como exemplo ficaria sacrificada se o famoso romancista tivesse escrito:
"...que o braço era obrigado a fazer para abarcar o diedro."
Convém lembrar, aliás, que o poeta Augusto dos Anjos, na primeira quadra de seus sonetos conseguiu encaixar um diedro perfeito:

"Ah! Por que monstruosíssimo motivo prenderam para sempre, nesta rede dentro do ângulo diedro das paredes."

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

A geometria e o amor

Aos 17 anos de idade, Madame de Staël estava sendo educada num convento da França, e costumava ir visitar uma amiga que vivia do outro lado da praça para a qual dava uma das fachadas do convento. Um irmão dessa amiga insistia sempre em acompanhá-la no regresso a casa, e conduzi-a, ladeando duas das faces da praça. Mas, como as primeiras impressões causadas por ela iam perdendo o primitivo ardor, ele, gradualmente e de visita para visita foi encurtando o caminho; até que, por fim adotou a linha mais curta, seguindo pela diagonal da praça. Madame de Staël relembrando mais tarde este caso, observou: "Deste modo, reconheci que o seu amor foi diminuindo, na proporção exata da diagonal para os dois lados do quadrado."

Com essa observação, de forma puramente matemática quis, talvez, a autora de Delphine revelar os seus conhecimentos sobre uma proposição famosa da Geometria: "A relação entre a diagonal e o lado do quadrado é igual à raiz quadrada de dois."

Formulou, entretanto uma comparação falsa, errada e inaceitável em Geometria.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

A origem da geometria

Os historiadores gregos, sem exceção, procuraram colocar no Egito, o berço da Geometria e atribuir, portanto, aos habitantes do Vale do Nilo a invenção dessa ciência. As periódicas inundações do célebre rio forçaram os egípcios ao estudo da geometria, pois uma vez passado o período da grande cheia, quando as águas retomavam o seu curso normal, era necessário repartir novamente as terras e minar o grau de inteligência dos corvos, que chegaram a entregar aos senhores as antigas propriedades perfeitamente delimitadas.A pequena faixa de terra rica e fértil, era disputada por muitos interessados; faziam-se medições rigorosas a fim de que cada um sem prejuízo dos outros, fosse reintegrado na posse exata de seus domínios.